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Corse matin - Desperdício zero: adubos orgânicos à moda brasileira

Na Córsega, como noutros locais, sabemos tudo sobre o composto. Mas isso não significa que não devamos interessar-nos pelos métodos utilizados no estrangeiro. Foi o que fez um jovem empresário de Aléria, que pretende introduzir na ilha um novo tipo de "compostor". Um conceito que vale a pena descobrir!

Numa altura em que a questão da gestão dos resíduos na fonte é mais atual do que nunca, parece ser uma boa altura para analisar a compostagem. A compostagem é um processo virtuoso que não só reduz o volume de resíduos domésticos, mas também transforma a matéria orgânica da cozinha em fertilizante para o jardim. No entanto, embora tenha qualidades reais, o processo também pode ter a sua quota-parte de defeitos: tempo de decomposição, incómodo com os odores, atratividade para os animais, etc. Em suma, nem sempre é fácil lidar com estes constrangimentos, sobretudo se não se vive numa casa. Existem, evidentemente, alternativas, algumas das quais funcionam perfeitamente bem em apartamentos. Entre elas, os compostores mecânicos, os compostores Bokashi e os compostores de minhocas, muitas vezes mais práticos e discretos... Mas sabia que, do outro lado do Atlântico, existem máquinas capazes de produzir composto de qualidade, de forma rápida e eficaz, utilizando um método muito menos restritivo?

Inspirar-se no estrangeiro

No Brasil, por exemplo, desenvolveu-se, há cerca de quinze anos, um conceito de recicladores/valorizadores acelerados que produzem adubo agrícola utilizável num máximo de apenas 15 horas, independentemente da matéria orgânica que é vertida, mesmo animal. Isto em comparação com vários dias, ou mesmo semanas, utilizando técnicas tradicionais. E as vantagens não se ficam por aqui (ver ao lado).

Em França, esta "inovação" ainda é pouco conhecida, mas em breve deverá estar no mercado. A começar pela Córsega, mais precisamente na Costa Verde, onde Ivan Sanches, um jovem empresário brasileiro de vinte e poucos anos de Aléria, acaba de importar o conceito ao representar os chamados compostores com a sua empresa "MainClean".

A ideia surgiu-me quando fui a um restaurante no Brasil", conta. No final da refeição, deram-me um saco cheio de adubo orgânico. Era uma forma de sensibilizar as pessoas para a questão do consumo e do ambiente. Interessou-me porque pensei na Córsega e no problema que tínhamos com os resíduos. Fiz uma pesquisa e descobri uma empresa luso-brasileira que vende recicladores acelerados. Criei então a minha própria empresa para os representar na Europa e agora importo e comercializo as máquinas para as vender aqui e no continente", conclui o jovem empresário, que também está a tirar uma licenciatura em LEA (línguas estrangeiras aplicadas) em Nice.

Fonte : https://www.corsematin.com/articles/zero-dechet-compost-a-la-bresilienne-a-aleria-137108

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